Por Mino Carta*
Quem manda mais: o governador ou os patrões midiáticos? Foto: Bruno Poletti/Frame/Folhapress |
Estava o acima assinado no luminescente palácio do Ministério das Relações Exteriores em Brasília na noite de gala de 1º de janeiro de 2011, festa da posse da presidenta Dilma Rousseff, e eis que sai da salinha vip, reservada aos cumprimentos dos graúdos, o governador Geraldo Alckmin. E me cai nos braços, como sonha Cavaradossi ao recordar Tosca, fundo musical de Puccini.
No caso, em lugar da ficção operística, invoco a verdade factual. O governador reeleito e reempossado naquele mesmo dia, surpreende-me por estar já na capital da República e ainda mais por me abraçar com tamanha simpatia. O que, sublinho, não me desagrada. Vem atrás dele o senador Aloysio Nunes Ferreira, o qual, de rosto lívido, incumbe-se de restabelecer as distâncias ao produzir um aceno soturno a transparente contragosto. O que também não me desagrada.