Recebi esse email do Companheiro Bernardo Cotrim e tive que publicá-lo imediatamente.
tá aí
Para quem achou a série de reportagens do Globo um "primor de jornalismo", que "desnuda a vida de marajás dos ex-sindicalistas ávidos pelo poder", uma resposta curta e grossa do Secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Frankin Martins.
Abraços,
Bernardo Cotrim
PS: Sei que não é o caso de ninguém nessas listas, mas sei também que todo mundo conhece alguém que ficou "escandalizado com as mordomias palacianas". Repassem a vontade.
Resposta às calunias do' Globo'O Globo
Cartas dos leitores
Presidência cara (?)
Na tentativa de classificar custos da Presidência da República como
'mordomias', a reportagem do GLOBO ('Presidência cada vez mais cara', 19/11)
mistura dados e confunde números, desinformando o leitor. A denominação
'gabinete presidencial' , usada no primeiro parágrafo da reportagem, é
equivocada: o valor de R$ 223 milhões anuais refere-se à 'administração da
unidade Presidência da República' - ou seja, uma estrutura que envolve, além
do Gabinete Pessoal do Presidente, a Casa Civil, a Secretaria Geral, a
Secretaria de Relações Institucionais, o Gabinete de Segurança
Institucional, o Núcleo de Assuntos Estratégicos e a Secretaria de
Comunicação Social.
[venho repetindo isso há anos. Não há aumento de gastos da rubrica
'presidência da República', mas de funções que que foram incorporadas e que
exigem maiores gastos. Repito, pode se acusar Lula de centralizador, mas não
de gastador. Vejam a lista da rubrica em:
http://www.brasil. gov.br/governo_ federal/estrutur a/presidencia/]
A matéria também não diz que os gastos de custeio (água, luz, telefone,
aquisição de computadores, passagens, diárias, combustível etc.) têm se
mantido praticamente constantes nos últimos quatro anos, sempre na faixa de
R$90 milhões.
O texto cita em tom de denúncia o fato de ter havido um aumento de gastos de
2003 para 2005, sem dizer ao leitor que o programa Pró-Jovem - com orçamento
de R$262 milhões só em 2005 - foi incorporado à Presidência da República (e
não ao gabinete do presidente) naquele ano. Não se trata de 'gastança', mas
de um programa que auxilia na educação e formação profissional de 467 mil
jovens de 15 a 24 anos em situação de risco social.
A reportagem registra ainda que houve um aumento de 68 para 149 funcionários
da 'assessoria particular' do presidente. Isso não é verdade. O segundo
número corresponde basicamente à fusão de estruturas já existentes.
Com relação aos gastos com cartões de pagamento, deve-se ressaltar que todas
as despesas realizadas têm o amparo da legislação e todas as contas foram
aprovadas pelo mesmo TCU, que serviu de fonte para a reportagem, após
auditoria de 90 dias entre 2005 e 2006. O repórter é desrespeitoso com
ecônomos, servidores públicos encarregados do controle e execução de
despesas, a quem chama depreciativamente de 'mordomos'. E comete uma
inverdade quando afirma que algum desses profissionais está a serviço da
primeira-dama.
A reportagem menciona também a compra de uma 'estante do tipo rack' no valor
de R$25,1 mil, como se fosse um item de luxo, quando na verdade trata-se de
uma estrutura de suporte para computadores e servidores de rede da central
de informática do Palácio do Planalto. O valor é compatível com o de
mercado.
Na mesma linha, a matéria afirma que há custeio de 'massagens para os
funcionários do Palácio'. Na realidade, o gasto se refere a um programa
específico, a Semana de Qualidade de Vida, promovido em maio pela
Coordenação de Saúde da Presidência, para orientar os funcionários quanto à
postura corporal na prevenção de lesões no trabalho. Programas como esse
existem em todas as grandes empresas. Provavelmente, O GLOBO já promoveu
atividades dessa natureza para seus funcionários. Certamente não deve
considerá-las mordomias.
Em suma, a reportagem falta com a verdade na tentativa de passar ao leitor
uma imagem de ostentação e luxo, tratando como gastos absurdos investimentos
em programas sociais, na saúde dos funcionários e na manutenção e reposição
de materiais necessários à administração pública. Ressaltamos que todas
essas incorreções e equívocos poderiam ter sido evitados se a Secretaria de
Imprensa da Presidência da República fosse contatada previamente, como é de
praxe.
[Se a intenção fosse realmente informar, certo?]
FRANKLIN MARTINS
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (por e-mail,
20/11), Brasília, DF
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