Os agentes penitenciários confirmaram para a próxima semana uma paralisação de advertência de 48 horas que pretende chamar atenção da sociedade e das autoridades sobre os problemas vivenciados no Sistema Penitenciário do Estado. A informação foi transmitida hoje após a reunião com o Conselho de Segurança do Estado que teve a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
A reunião, que durou cerca de três horas, serviu para que os agentes apresentassem a realidade da estrutura do Sistema Prisional, através de dados e fotografias e buscar encaminhamentos do Conselho para resolução dos problemas da categoria.
De acordo com a diretora de comunicação do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Ridna Mota, os agentes estão reivindicando a retirada dos orelhões de todo o Sistema, aquisição de equipamentos de segurança e regulamentação do trabalho diário. “Nós queremos que sejam revistas as atividades realizadas por nós. A exemplo da escolta dos presos, a ocupação das guaritas – uma reivindicação antiga dos agentes – e da revista, que precisam ser revistos e reformulados para garantir a segurança de todos”, explicou.
Ainda segundo Ridna, o Conselho não emitiu nenhuma decisão efetiva, mas firmou compromisso com a categoria para, na próxima segunda-feira durante a próxima reunião do Conselho de Segurança, apresentar soluções para os problemas. “Não sabemos de que forma eles vão resolver, pode ser até através de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), mas nos garantiram um posicionamento”, disse a diretora do sindicato.
Enquanto o Conselho busca soluções, os agentes estão preparando uma paralisação de advertência nos dias 13 e 14 – este último dia de visita – para dizer às autoridades que não estão ‘brincando’. “Nós estamos mantendo o calendário de atividades. Na segunda-feira próxima nós teremos uma assembléia na Intendência e nos dias 13 e 14 faremos a paralisação, seguindo todos os critério da Lei de Execuções Penais, porque não queremos colocar em risco a vida de ninguém”, completou.
Adiamento
Também ficou para a próxima segunda-feira a reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Omar Coêlho, que seria realizada na tarde de hoje. Na ocasião, Omar Coêlho iria encaminhar o pedido de mudança da cúpula de Segurança Pública do Estado, por entender como “ineficiente” o trabalho realizado até agora.
Para a diretora de comunicação do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Ridna Mota, a decisão do governador não foi uma novidade. “É lógico que o Governador não vai querer o embate direto nem com a OAB, nem qualquer órgão representativo. O fato só confirma a forma como o Governo tem tratado o servidor público de todos os setores”, alfinetou.
A reunião ficou marcada para a próxima segunda-feira.
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