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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Reconquistar a UBES: Renovar o Movimento Estudantil


A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES completa 61 anos e pretende fazer do 38º Congresso o maior de sua história.


São cerca de 41 milhões de brasileiros e brasileiras espalhados em mais de 173 mil escolas de nível fundamental, médio e educação de jovens e adultos por todo o país. Essa realidade deixa ao movimento estudantil secundarista a tarefa de alcançar essa imensa diversidade de jovens.


Diferente do ainda elitista espaço universitário o ME secundarista tem a possibilidade de atuar nas escolas públicas das periferias das grandes cidades, nas escolas do interior do país e nas muitas escolas técnicas federais inauguradas nos últimos 07 anos.


Construir um movimento estudantil que se adapte a essas diferentes realidades no continental Brasil é o nosso maior desafio nesse momento de crise de legitimidade pela qual passa o movimento estudantil. Os estudantes secundaristas dos diversos cantos do país são a energia e a renovação que a luta por uma educação democrática e popular necessita.


A responsabilidade de aplicação dos recursos em educação básica é dividida entre Estados, Municípios e a União, a qual investe de seu orçamento, através do FUNDEB - Fundo De Manutenção E Desenvolvimento Da Educação Básica E De Valorização Dos Profissionais Da Educação - apenas 0,3% do seu Produto Interno Bruto para educação básica, o equivalente a 5,1 bilhões de reais. Essa quantia é ainda insuficiente para atingir os objetivos a que o programa se propõe. Se os patamares do investimento do governo federal em educação não forem imediatamente revistos e ampliados, as possibilidades de avanços significativos na educação brasileira nos próximos anos estarão definitivamente comprometidas.


Para consolidar-se o mecanismo que incentiva, democratiza e assegura o acesso à educação básica, o aporte de recursos e o papel da União no financiamento da educação básica precisam ser ampliados. Isto exige “destravar” o principal inibidor ao cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação, que é a persistência do ajuste fiscal e estrutural do estado brasileiro.


Mesmo com graves problemas históricos de fragilidade na educação ainda por serem superados, já são milhões que alcançados pelas políticas sociais do Governo Lula vislumbram a possibilidade de entrar na universidade e no mercado de trabalho. E é nosso dever trazê-los para militância e para as lutas pela melhoria da educação, pelo acesso universal e permanência nas universidades, pelo Passe Livre Estudantil, contra a restrição do direito à meia entrada, contra a redução da maioridade penal e os “toques de recolher” agora impostos sob o pretexto de proteção dos jovens.


É hora de organizar companheiros e companheiras secundaristas, para mobilizar as massas, ir para as ruas e superarmos a crise de legitimidade do Movimento Estudantil.


Rumo a UBES, renovar o Movimento Estudantil, transformar a sociedade.

Um comentário:

Arthur - ABAKAXI - disse...

Li algumas de suas publicações. Está de parabéns ;) Estou seguindo o seu blog.