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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA

Companheirada desde os primeiros dias do Governo do PSDB aqui no "Estado das Alagoas" o desmanche da coisa pública e o desrespeito com os servidores públicos são latentes e cada dia mais fortes. Acordos são descumpridos, direitos são retirados e serviços precarizados!! mas quem acha que isso é uma virtude só nossa esta muito enganado. Ta ai a matéria que mostra que esse projeto neo-liberal do PSDB se arrasta por todos os lugares que este partido governa, exemplo disso é o Rio Grande do Sul, leia e confira as semelhanças destes governos.

Matéria Publicada no site Agência Carta Maior

RIO GRANDE DO SUL
Professores se acorrentam no Palácio em protesto contra Yeda

Professores e funcionários de escola do RS se acorrentaram aos portões de entrada do Palácio Piratini protestando contra o desmonte da Educação no Estado. Servidores públicos já cogitam greve geral contra choque de gestão promovido pelo governo Yeda Crusius (PSDB).

Data: 11/10/2007
PORTO ALEGRE - Cerca de 200 professores e funcionários de escolas estaduais acorrentaram-se, no início da manhã desta quinta-feira, nos portões de entrada do Palácio Piratini, em protesto contra a política educacional do governo Yeda Crusius (PSDB). A mobilização iniciou por volta das 5 horas da manhã, envolvendo também outras centenas de trabalhadores da educação, que foram para a frente do Piratini apoiar a manifestação.

Os professores denunciam a falta de pessoal nas escolas, as más condições de trabalho, a política de enturmação (junção de turmas) e a proposta de aumento da alíquota do ICMS apresentada pela governadora. Uma assembléia popular da comunidade escolar foi realizada pela manhã em frente ao Palácio. Ao mesmo tempo em que ocorria essa assembléia, uma comitiva dos professores foi recebida pelo chefe da Casa Civil do governo Yeda, Luiz Fernando Zachia, que se comprometeu a abrir um canal de diálogo com a categoria a partir da próxima semana. No final da manhã, os professores tiraram as correntes e encerraram a manifestação.

Segundo a presidente do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato), Simone Goldschmidt, Zachia prometeu nomear um interlocutor do governo com autonomia para iniciar as negociações. Esse nome dificilmente será o da secretária de Educação, Mariza Abreu, que não tem mais canal nem clima de diálogo com o magistério. Na manifestação desta quinta, uma faixa gigante colocada diante do palácio dizia: “Fora Mariza Abreu”.

Os problemas no setor da educação vem desde o início do ano, quando escolas do interior do Estado ficaram sem transporte escolar por conta do não repasse de recursos do Estado para os municípios. A governadora Yeda Crusius decidiu aplicar a receita tucana do choque de gestão e determinou o corte de 30% das verbas de custeio em todas as secretarias. Além do atraso no repasse de recursos para os municípios, essa política atingiu em cheio também o trabalho diário nas escolas: falta de professores e de funcionários, falta de equipamentos, fechamento de bibliotecas e laboratórios.

O CPERS já denunciou ao Ministério Público uma situação de “caos na educação pública do RS provocado pela atual política de gestão da Secretaria de Educação do Estado". O sindicato solicitou ao MP a realização de investigações sobre omissões e ilegalidades, por parte do governo estadual e a adoção de medidas para reverter a atual situação. Além disso, entregou ao subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Eduardo de Lima Veiga, vários documentos relatando os problemas enfrentados nas escolas. Na avaliação da entidade, a educação pública está vivendo um momento dramático no RS em função da gestão praticada pelo atual governo. “Pode-se constatar a ausência de um projeto pedagógico, que está gerando um verdadeiro desmonte da rede pública estadual”, diz o documento entregue ao MP. Alguns dos problemas denunciados neste documento:

- Precariedade da estrutura física das escolas;
- Falta de professores e funcionários;
- Fechamento de bibliotecas, laboratórios e serviços de orientação educacional;
- Falta de transporte escolar em várias cidades do Estado (em Santana do Livramento, por exemplo, 350 alunos ficaram sem aulas até o meio do ano por falta de transporte);
- Turmas com até 50 alunos e junções de séries com conteúdos e interesses diferentes;

A extinção de turmas para formação de turmas maiores nas escolas (com até 50 alguns) aprofundou a crise. A governadora Yeda Crusius defende a enturmação dizendo que “a reorganização do número de alunos por turma foi muito bem estudada e somente foi colocado em prática após um levantamento criterioso das coordenadorias regionais nos estabelecimentos de ensino”. “Não é regra geral, mas é significante: segundo as estatísticas, em turmas muito pequenas o nível de reprovação é muito alto e, em turmas maiores, sobem os índices de aprovações”, acrescentou. Ainda segundo a governadora, das 53.035 turmas existentes na rede estadual de educação, foram reduzidas 2.390, “representando o ingresso do mesmo número de professores em salas de aulas e serviços como bibliotecas e laboratórios”.

Só falta combinar com quem está na linha de frente da educação: os professores e professoras. Mais de cem, com vários diretores de escola entre eles, estiveram no MP denunciando a situação da educação no Estado. Agora, resolveram enviar um recado mais direto à governadora e foram com correntes para a frente do palácio.

O clima de desgaste do governo junto ao funcionalismo público estadual é crescente. Nos últimos dias, diversas categorias do funcionalismo começaram a debater a proposta de uma greve geral em todo o Estado contra as políticas do governo tucano.

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